sábado, 10 de novembro de 2012

Investigacao sobre negocios de filho de Lula e arquivada

Investigação sobre negócios de filho de Lula é arquivada

Ministério Público e PF decidem encerrar o caso depois de sete anos, sem chamar nenhum envolvido para depor

Reportagem de José Ernesto Credendio e Andreza Matais, publicada hoje na Folha de S. Paulo, informa que o "Ministério Público e a Polícia Federal arquivaram investigações sobre suspeitas de tráfico de influência nos negócios do filho mais velho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Fabio Luis, sete anos depois de iniciadas."

Em 2005, a Gamecorp, uma pequena empresa criada um ano antes por Lulinha, como é conhecido Fabio Luis, recebeu um aporte de capital de R$ 5 milhões da antiga Telemar, a empresa de telefonia que depois se fundiu com a Brasil Telecom para criar a Oi, segundo a reportagem da Folha.

Em seguida, o governo Lula mudou as regras do setor de telecomunicações para tornar possível a fusão da Telemar com a Brasil Telecom. Argumentou que era necessário criar uma grande empresa nacional no setor.

Como a tal empresa é concessionária pública e o BNDES seu sócio, o Ministério Público Federal abriu inquérito para apurar suspeitas de tráfico de influência.

Agora pasme: nenhum envolvido foi chamado a depor.

O Ministério Público limitou-se a pedir informações à Gamecorp, à Telemar e ao BNDES, e perguntou aos dois últimos, assim por desencargo de consciência, se eles sabiam que o filho de Lula era dono da Gamecorp.

Após receber as respostas, o Ministério Público concluiu que não houve nada de irregular.

A Polícia Federal cuidou apenas de reunir reportagens jornalísticas publicadas sobre o caso.

A decisão pelo arquivamento foi tomada pelo Ministério Público em agosto últiumo, mas ainda não foi publicada.

Revela a Folha que o advogado Roberto Teixeira, amigo pessoal de Lula e dono do apartamento onde Lula morou de graça em São Bernardo do Campo durante muitos anos, defendeu a Gamecorp no inquérito.

O pedido de informações enviado à Gamecorp foi respondido por Teixeira quatro anos após o início do inquérito, "e só depois que um estagiário do Ministério Público fez um resumo da situação do processo e apontou essa "lacuna" para seus superiores."

O BNDES e a Telemar disseram desconhecer à época o fato de Lulinha ser um dos sócios da Gamecorp.
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